"Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas quando não desejo contar nada, faço poesia."
Manoel de Barros - Livro Sobre Nada
"O momento em que, hipoteticamente, você sente que está andando nu pela rua, expondo demais o coração, a alma e tudo o que existe lá dentro, mostrando demais de si mesmo. Esse é o momento em que, talvez, você esteja começando a acertar. "
Neil Gaiman - O Discurso "Faça Boa Arte"
"...eso es lo que siento yo en este instante fecundo..."
Violeta Parra - Volver a Los Diecisiete
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
(re)Verso e Prosa
Ela sentia-se sozinha
em meio a todas as coisas que construíra
na densidade da profissão fonte de decisões inapeláveis
na energia da humanidade que a cercava com caras e bocas
mas que fluía limpa e pura de dentro do seu coração gigante.
Ele sentia-se sozinho
no vácuo momentâneo de um trabalho duvidoso
no éter de pensamentos longos e estradas ainda a percorrer
na energia da humanidade que dele emanava plena
e da qual sempre procurara se esquivar.
Sentiam-se sozinhos em suas escolhas.
Eram iguais nas diferenças e angústias compartilhadas.
Falavam abertamente sobre assuntos fechados e coisas
comuns aos seus respectivos corações.
Olhavam-se de perto com respeito quase cego e depois
viravam-se para o lado para dormir o sono digno dos justos.
Em camas separadas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostei muito!
ResponderExcluir