Insepulta alma
Inoculta calma
Inquieta palma
Da mão que então
Permeia
Gesticula
Devaneia
Desenterra algum
Passado
Faz castelos de cartas
No ar
Põe um violinista no telhado
Difícil de equilibrar.
Molda o barro primordial
Vem alguém e assopra:
Desmorona o castelo
Cai o tal violinista...
Do barro voa a pátina
E pro mundo
Abre-se a vista
De pé então só fica a massa
E a vida agora
Pra ela passa.
.
"Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas quando não desejo contar nada, faço poesia."
Manoel de Barros - Livro Sobre Nada
"O momento em que, hipoteticamente, você sente que está andando nu pela rua, expondo demais o coração, a alma e tudo o que existe lá dentro, mostrando demais de si mesmo. Esse é o momento em que, talvez, você esteja começando a acertar. "
Neil Gaiman - O Discurso "Faça Boa Arte"
"...eso es lo que siento yo en este instante fecundo..."
Violeta Parra - Volver a Los Diecisiete
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