As asas dele eram de cera,
as dela, de madeira.
Ele alçava voos baixos
para fugir do sol
e colher, num rasante veloz as
flores todas no rés do chão.
Ela voava estratosferas
para vencer cordilheiras
e buscar, no espaço azul
sonhos limpos de uma vida zen.
Encontravam-se sempre
em algum lugar entre
céu e inferno para trocar
as colheitas que fizeram
e tocar as palmas de suas almas:
ele tinha olhos de beijo e de ternura
ela, perfume de amor e tranquilidade.
Ele era clássico e retilíneo.
Ela, barroca e exuberante.
Eram autênticos desse jeito.
(acervo pessoal) |
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