Uma vista que não era,
nem de longe,
das mais belas que a cidade
plena de vistas nobres
tinha para ofertar.
Uma igreja imensa
de costas para o mundo,
quintais de casas rotas
e maltrapilhas à vista,
além de uns braços de cidade
que insistiam em subir
pelos morros semi virgens
sem pedir permissão.
Nada disso importava para eles
naquela hora.
Valia mais
sentir na face a brisa constante e fresca,
o cheiro do mato verde entrando pela alma,
os trechos de conversa alheia pescados
nos intervalo entre um suspiro e outro,
o piso de pedras cuidadosamente assentadas,
assoalho para um mundo inteiro de sentimentos
liberados sem medo do amanhã,
o sol, que iluminava a todos sem queimar,
o azul e branco do céu colonial.
Trocavam beijos,
abraços
e silêncios.
Diziam coisas um ao outro
apenas entreolhando-se
e sorrindo.
Aninharam-se ali mesmo
na mureta de pedra,
fronteira entre a terra e o céu,
para nunca mais saírem.
(acervo pessoal) |
E foi assim mesmo...
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