"Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas quando não desejo contar nada, faço poesia."
Manoel de Barros - Livro Sobre Nada
"O momento em que, hipoteticamente, você sente que está andando nu pela rua, expondo demais o coração, a alma e tudo o que existe lá dentro, mostrando demais de si mesmo. Esse é o momento em que, talvez, você esteja começando a acertar. "
Neil Gaiman - O Discurso "Faça Boa Arte"
"...eso es lo que siento yo en este instante fecundo..."
Violeta Parra - Volver a Los Diecisiete
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Alegria, Comedimento, Tristeza e Poesia
Alegria e Comedimento
sempre foram presentes
na minha vida
e não sei bem qual dos dois
tem causado maior estrago:
A Alegria,
essa ingênua,
que aparta para longe
todo o mal que existe
no mundo ou
o Comedimento,
um cético,
que sufoca tudo quanto
é autêntico
e espontâneo.
A Tristeza é filha dos dois.
E é mãe da poesia.
Rechaço a Tristeza com o cuidado
de quem empurra com o pé
um bote que sai para passeio
a remo na lagoa do Parque.
A poesia só é triste no ventre da mãe,
porque é doída até a hora do parto.
Quando nasce é fulgurante e bela.
É luz.
Expressão.
Sopro de vida.
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