É como caminhar
De volta para casa
Em tarde-noite
Urbana e quente.
É como correr
E receber de frente
O vento fresco da
Chuva que se anuncia:
Alívio.
É como sentir
O aroma discreto
Do canteiro de hortênsias
Da calçada oposta.
É como transpor a rua
Sem carros.
É como deitar no asfalto
E viajar no firmamento:
Liberdade.
É como ouvir ao acaso
A indagação de um interfone:
"Quem é?"
E responder junto com alguém de lá:
"Sou eu...":
Identidade.
É assim sempre
Quando me lembro de você.
É assim sempre
Quando repito seu nome
Aqui dentro, em silêncio.
Em alto e bom tom.
(acervo pessoal) |
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