"Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas quando não desejo contar nada, faço poesia."
Manoel de Barros - Livro Sobre Nada

"O momento em que, hipoteticamente, você sente que está andando nu pela rua, expondo demais o coração, a alma e tudo o que existe lá dentro, mostrando demais de si mesmo. Esse é o momento em que, talvez, você esteja começando a acertar. "
Neil Gaiman - O Discurso "Faça Boa Arte"

"...eso es lo que siento yo en este instante fecundo..."
Violeta Parra - Volver a Los Diecisiete

domingo, 11 de agosto de 2013

Os Madredeus e Ouro Preto. E eu.




     E não é que terei a chance de ver os Madredeus ao vivo?
     E em Ouro Preto.
     E em São Francisco de Assis!
     Uma jóia da música, numa jóia de cidade, numa jóia do barroco das Américas.
     Eles vem para o MIMO, festival internacional de música, realizado em cidades que preservam bens e valores históricos do Brasil. Neste ano as apresentações serão também em Olinda (PE), Paraty (RJ). (http://www.mimo.art.br/festival)
     Música boa tem o poder de me curar de qualquer coisa, seja física ou emocional, e os Madredeus são simplesmente parte da trilha sonora de minha vida. Junto com os noruegueses do A-ha e os Kings of Convenience, com os meus queridíssimos Gershwins e Cole Porter, além do indefectível movimento Clube da Esquina, são peça chave do acervo sonoro que eu certamente salvaria de um naufrágio e levaria para uma ilha deserta, mesmo sabendo que não os escutaria nunca mais por lá não ter player nem energia elétrica.
     Pois é, quando escuto essa turma me transporto automaticamente para a ilha deserta mais próxima...
     Uma quase tatoo auditiva.
     Os Madredeus tem projeção mundial. O seu trabalho combina elementos da música portuguesa tradicional com a popular contemporânea e, na sua mais recente formação, algum flerte com a música erudita.
     Falando em formação, a vocalista mudou. Saiu  Teresa Salgueiro que era praticamente a personificação do grupo e entrou  Beatriz Nunes, egressa do canto lírico e com uma responsabilidade enorme pela frente: repetir todo o repertório consagrado por sua antecessora com novo estilo, com nova graça, com nova energia. Pelo que tenho visto e escutado, tem dado certo.
     Da formação original, de 1985 só restou o fundador, Pedro Ayres de Magalhães com sua guitarra clássica, responsável pela maioria das composições e arranjos. Na minha modesta opinião de fã, um grande músico e poeta de mão cheia. (http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,festival-mimo-traz-grupo-madredeus-ao-brasil,1057211,0.htm)
     Vamos lá então, singrar o "mar de morros" lutar pelas entradas e tentar encaixar esta apresentação entre as minhas responsabilidades habituais do dia 30 de agosto, plena sexta-feira e o sábado, 31, também dia de agenda cheia.
     Abaixo, trecho de concerto da nova formação dos Madredeus em Basel (Suíça), com "A Estrada da Montanha", canção recente e "Vem", do álbum O Espírito da Paz, de 1994.



Ver também: http://alexandre-pontodefuga.blogspot.com.br/2013/09/leaving-august-casa-dos-contos-e-eu-e.html


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