Pálidos
Soturnos
E noturnos
Vagamos por nossos
Corredores
E escadas
No escuro.
Arqueados
Sob o peso de mil
Pedras-pomes
Que são leves
Mas volumosas
Que nos arranham
A pele
E varrem os calos
Dos pés cansados
De andar à toa.
Nosso passado feliz
Ajuda a amargar mais
Os dias difíceis
E a zerar
As expectativas
De sorrirmos novamente
Uns para os outros,
Como fazíamos
Antigamente...
Só nos resta
Ser otimistas
E aviar a receita
De um bem-viver
Imaginário,
Posto que possível.
.
"Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada;
mas quando não desejo contar nada, faço poesia."
Manoel de Barros - Livro Sobre Nada
"O momento em que, hipoteticamente, você sente que está andando nu pela rua, expondo demais o coração, a alma e tudo o que existe lá dentro, mostrando demais de si mesmo. Esse é o momento em que, talvez, você esteja começando a acertar. "
Neil Gaiman - O Discurso "Faça Boa Arte"
"...eso es lo que siento yo en este instante fecundo..."
Violeta Parra - Volver a Los Diecisiete
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